segunda-feira, 11 de junho de 2012

O mercado ainda é o Europeu, basta saber encontrar as oportunidades.



Se o mercado Europeu esta em crise parece que os clubes não...



Detalhe gráfico

Gráficos, mapas e infográficos




    Que recessão?










31 de maio de 2012, 14:27 por The Economist em linha
Em 8 de junho o Campeonato Europeu de Futebol começa, quando a Polônia jogar a Grécia, em Varsóvia. No entanto, mais dinheiro no futebol europeu encontra-se com os clubes, e não em jogos internacionais. O Campeonato Inglês tem o projeto de lei maior salário, de acordo com um relatório anual da Deloitte, empresa de consultoria. Serie A italiana tem a extensão. Segunda maior, equivalente a 75% das receitas dos clubes (o rácio mais elevado, com franceses da Ligue 1) Infelizmente, o futebol italiano está sofrendo de um novo turno de uma doença antiga financeira: as alegações de manipulação de resultados. Dois jogos na Serie A e vários na Serie B, segunda divisão, ter sido posta em causa. Os jogadores das ligas inferiores são frequentemente pagos com atraso, e por isso podem, em teoria, ser suscetíveis a subornos dos sindicatos de jogo. Mas por muito bem pagos jogadores que arriscam suas carreiras em troca de pagamentos relativamente pequenas é um mistério. Mario Monti, a principal da Itália, ministro, desde que o punchiest explicação em uma entrevista ao La Stampa : ". retrato concentrado dos aspectos mais condenáveis ​​da sociedade italiana" a corrupção, mentiras e busca da fama envolvidos no mais recente escândalo são, segundo ele, um

sábado, 2 de junho de 2012

Uma iniciativa que merece apoio, mas será que vinga?








Projeto quer fazer do Brasileirão melhor 




torneio do mundo até 2015



Evento no Museu do Futebol, no Pacaembu, contou com a presença de dirigentes de todos clubes paulistas que disputam a Série A nacional


Por Alexandre Lozetti e Leandro CanônicoSão Paulo

Clubes ricos e o Campeonato Brasileiro transformado no melhor e mais importante do mundo em 2015. com a presença de astros nacionais e estrangeiros. Esse foi o projeto anunciado no início da tarde desta segunda-feira, no Museu do Futebol, prestigiado pelos presidentes de Corinthians, Palmeiras, Ponte Preta, Portuguesa, Santos e São Paulo.
A Brahma, marca de cervejas da Ambev, promete criar um fundo para destinar parte de seus lucros aos clubes e ajudá-los a melhorar a infraestrutura, como já acontece no Rio de Janeiro. E o principal auxílio se dará nos projetos de sócios-torcedores. Ajustado ao molde adotado por cada equipe, a marca pretende oferecer descontos em vários produtos a quem contribuir em dia com seu time do coração.
EVENTO MUSEU DO FUTEBOL (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)Ronaldo esteve presente no evento em São Paulo (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)
– Imagine um cenário de um milhão de sócios-torcedores com 30 reais por mês. O clube arrecadaria, mensalmente, R$ 30 milhões só deste projeto – exemplificou Ricardo Tadeu, vice-presidente comercial da Ambev.
A ideia parte do princípio que o Brasil gera muito pouco dinheiro com o futebol em relação ao seu potencial. De acordo com números apresentados, hoje, a modalidade rende R$ 3,4 bilhões na economia, mas se bem trabalhada, esse valor chegaria aos R$ 21,5 bi.
Com a presença, além de dirigentes, dos ex-jogadores Ronaldo e Cafu e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foram mostrados os cinco pilares do projeto para melhorar os clubes: saúde financeira, estrutura de ponta, categorias de base, estádios e manutenção dos craques no Brasil.
O evento, no Pacaembu, foi marcado por discursos longos e algumas alfinetadas. Embora tenham pregado a união em torno do desenvolvimento do projeto, dirigentes mantiveram a rivalidade. O presidente são-paulino Juvenal Juvêncio arrancou gargalhadas da plateia durante seu discurso. Menos do corintiano Mário Gobbi, que aplaudia com cara de poucos amigos. Quando teve a palavra, Gobbi não perdeu a chance de cutucar o rival. E para isso usou Luis Álvaro Ribeiro, presidente do Santos.
– Você é o espelho do princípio de que renovar é preciso – elogiou.
Tanto a comitiva corintiana quanto membros da diretoria do São Paulo entenderam como uma provocação a Juvenal, que alterou o estatuto para se eleger pelo terceiro mandato consecutivo.
Ao criar ações de marketing junto aos times paulistas, a Brahma pretende incentivar, por exemplo, que camisas de times brasileiros sejam mais vendidas do que as de equipes como Barcelona, Real Madrid e Milan, crescentes no Brasil.
– Queremos que pensem somente no time local, dar mais relevância ao nosso futebol. Historicamente somos os melhores e vamos continuar sendo por muitos anos – defendeu Ronaldo, que vai utilizar sua agência, a 9ine, para desenvolver o projeto.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

E agora FLA 40 milhões ?????


E  agora  FLA  40 milhões ???




Especialista diz que Fla terá problemas na Justiça para 



diminuir valor de R10




Ricardo Florentino acredita em longa batalha judicial entre Ronaldinho e o Flamengo e diz que o clube terá dificuldade para questionar alta dívida

Por SporTV.comRio de Janeiro



O alto valor da dívida cobrado por Ronaldinho Gaúcho na Justiça assustou aos rubro-negros. No processo em que pediu o desligamento do Flamengo, o jogador alega ter mais de R$ 40 milhões para receber. Os dirigentes do clube carioca consideram a quantia um absurdo, mas Ricardo Florentino, advogado ligado ao futebol, confirma que a cobrança é correta. E os advogados rubro-negros vão ter dificuldades para diminuir este valor na Justiça.
- Não tive acesso ao contrato que o Ronaldinho celebrou com o Flamengo, mas pela descrição dos fatos, inclusive pela decisão do juiz que é bem veemente, e com o amparo da própria Lei Pelé, cabe realmente ao Ronaldinho o recebimento do FGTS, da multa rescisória, dos salários em atraso. Imagino que o valor deva estar sim, ao contrário do que vêm dizendo os advogados do Flamengo, beirando esse valor que foi pedido na decisão inicial - disse Ricardo Florentino em entrevista ao "Tá na Área".
O Flamengo alega que os direitos de imagem são dissociados aos direitos federativos. Mas, segundo Florentino, será difícil o clube vencer essa questão na Justiça do Trabalho.
- O direito de imagem, embora os clubes separem do que é pago em carteira, quando essa questão vai para a Justiça do Trabalho muito dificilmente os clubes conseguem lograr e separar essa cobrança. A tendência, praticamente certa, do Tribunal do Trabalho do Rio de Janeiro é dar provimento, inclusive obrigando o Flamengo a pagar sim essa multa e os direitos de imagem também - disse.
A advogada de Ronaldinho, Gislaine Nunes, defende a tese de que o contrato de imagem deve ser considerado também como o salário de carteira e, com isso, o clube precisa pagar todos os impostos previstos pela Lei.
- São cinco meses de atraso de salário, que é imagem e é salário. Sou defensora dessa tese desde o início que surgiram esses famigerados contratos de imagem. Nós temos também alguns meses de Fundo de Garantia em atraso, temos 12 meses de Previdência em atraso, uma parte do 13º, em fim, temos várias verbas que seriam direito do atleta que foram contratadas e assumidas mas que não forma honradas pelo clube - disse Gislaine.
Nesta quinta-feira, Ronaldinho conseguiu uma tutela antecipada na 9ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. A liminar concedida pelo juiz André Luiz Amorim Franco foi protocolada na CBF, e o fim do vínculo contratual será oficializado assim que a liminar passar pelos departamentos jurídico e de registros da entidade, o que libera o jogador para assinar com outro clube. Mas Florentino espera uma grande briga judicial pela frente.
- O Ronaldinho tem todo direito de assinar e ser contratado por outro clube. Agora, em efeitos práticos, se amanhã ou depois essa liminar for revogada, iniciasse verdadeiramente uma confusão. O Flamengo vai ter direito de reincorporar o Ronaldinho e o novo contrato com o novo clube deve ser feito levando em consideração essa possibilidade. Acredito que pode ser uma longa batalha judicial, principalmente para o Ronaldinho conseguir receber de fato o que lhe é devido - disse Ricardo Florentino.
O advogado lembrou que não se trata de uma decisão final.
- A primeira coisa que tem que entender é que não é uma decisão terminativa. É uma liminar, ou antecipação de tutela, que seria tecnicamente a palavra correta. Cabe agora ao Flamengo recorrer dessa decisão ou fazer a defesa normal do processo e aguardar a decisão de mérito, a decisão final.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Buraco é cada vez maior...

Só ter dinheiro não adianta, precisa saber administrar ele.



Clubes brasileiros devem R$ 1,8 bilhão aos cofres públicos

Trabalho foi feito tendo por base os balanços dos times de maiores receitas do futebol brasileiro

28 de maio de 2012 | 13h 50

estadão.com.br
SÃO PAULO -  Os 14 clubes de maior receita do futebol brasileiro devem, juntos, R$ 1,8 bilhão de impostos e contribuições as cofres públicos, de acordo com números publicados em seus próprios balanços de 2011. Foi o que constatou trabalho feito pelos especialistas da Pluri, uma agência de gestão esportiva. Do total da dívida tributária dos clubes, 65% se refere à débitos da Timemania, o que indica que o processo de crescimento das dívidas de impostos dos times continua ocorrendo mesmo após sua renegociação com a Timemania em 2007.
Flamengo, de Patrícia Amorim, é o segundo da lista - Marcelo Sayao/EFE - 9/4/2012
Marcelo Sayao/EFE - 9/4/2012
Flamengo, de Patrícia Amorim, é o segundo da lista
Três clubes cariocas lideram o ranking de dívidas com impostos. São eles: Botafogo, com R$ 318 milhões; Flamengo, com R$ 258 milhões; e Fluminense, com R$ 220 milhões. Juntos, os quatro times do Rio de Janeiro devem R$ 966 milhões aos cofres públicos, o que representa 52% fo total do endividamento dos 14 clubes analisados. Nessa representação, as equipes paulistas ocupam a segunda posição, com impostos devidos no total de R$ 364 milhões - o que equivale a 20% do bolo. Os mineiros vêm em terceiro, com R$ 244 milhões (13%).
As menores dívidas com impostos são do Atlético-PR (R$ 6 milhões), Coritiba (R$ 56 milhões) e Cruzeiro (R$ 57 milhões).
O ranking do devedores, totalizando R$ 1,8 bilhão
1) Botafogo - total de R$ R$ 318 milhões (R$ 198 com Timemania + R$ 120 milhões com outros impostos)
2) Flamengo - R$ 258 milhões (R$ 162 milhões com Timemania + R$ 96 milhões com outros impostos)
3) Fluminense - R$ R$ 220 milhões (R$ 138 com Timemania + R$ 83 milhões com outros impostos)
4) Atlético-MG - R$ 187 milhões (R$ 139 milhões com Timemania + R$ 48 milhões com outros impostos)
5) Vasco - R$ R$ 170 milhões (R$ 73 com Timemania + R$ 97 milhões com outros impostos)

6) Corinthians - R$ 133 milhões (R$ 52 milhões com Timemania + R$ 80 milhões outros impostos)

7) Inter - R$ 127 milhões (R$ 123 milhões com Timemania + R$ 4 milhões com outros impostos)

8) Santos - R$ R$ 108 milhões (R$ 94 com Timemania + R$ 14 milhões com outros impostos)

9) Grêmio - R$ 91 milhões (R$ 88 milhões com Timemania + R$ 3 milhões com outros impostos)

10) São Paulo - R$ R$ 62 milhões (R$ 53 com Timemania + R$ 9 milhões com outros impostos)
11) Palmeiras - R$ 61 milhões (R$ 40 milhões com Timemania + R$ 40 milhões com impostos)
12) Cruzeiro - R$ R$ 57 milhões (R$ 15 com Timemania + R$ 15 milhões com outros impostos)
13) Coritiba - R$ 56 milhões (R$ 21 milhões com Timemania + R$ 35 milhões com outros impostos)
14) Atlético-PR - R$ R$ 6 milhões (R$ 5 com Timemania + R$ 1 milhão com outros impostos)
Ranking dos 14 clubes por endividamento total:
1) Botafogo - R$ 566 milhões
2) Fluminense - R$ 405 milhões
3) Atlético-MG - R$ 368 milhões
4) Flamengo - R$ 355 milhões
5) Vasco - R$ 387 milhões
6) Inter - R$ 268 milhões
7) Palmeiras - R$ 241 milhões
8) Santos - R$ 208 milhões
9) Grêmio - R$ 200 milhões
10) Corinthians - R$ 178 milhões
11) São Paulo - R$ 158 milhões
12) Cruzeiro - R$ 120 milhões
13) Coritiba - R$ 111 milhões
14) Atlético-PR - R$ 4 milhões  

 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Esta é a grande organização do futebol Brasileiro


CBF anuncia suspensão de Séries C e D do Brasileiro



Decisão adia definição de clube que permanecerá na Série C: Santo André (de branco) ou Brasil de Pelotas. Foto: Rodrigo Fatturi/Divulgação
Decisão adia definição de clube que permanecerá na Série C: Santo André (de branco) ou Brasil de Pelotas
Foto: Rodrigo Fatturi/Divulgação
A Confederação Brasileira de Futebol anunciou na tarde desta quarta-feira a suspensão das Séries C e D do Campeonato Brasileiro. A decisão saiu em nota oficial divulgada no site oficial da entidade, que credita a determinação ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
De acordo com a própria CBF, a diretoria de competições foi comunicada pelo presidente do STJD, Rubens Approbato. Este, por sua vez, teria acatado o pedido do Santo André, que foi rebaixado pela justiça após protestos do Brasil de Pelotas.
"A diretoria de competições da CBF, através do diretor Virgílio Elísio, recebeu no final da tarde desta quarta-feira, dia 23 de maio, uma comunicação do presidente do STJD, Rubens Approbato, determinando a suspensão do Campeonato Brasileiro das Séries C e D, que, originalmente se iniciariam neste sábado, dia 26", anuncia a CBF em seu site.
"O diretor (Virgílio Elísio), acatando a decisão do STJD, publicou o ofício 096.12, suspendendo as duas competições", completou o comunicado.
Entenda o caso
A confusão entre Santo André e Brasil de Pelotas começou na última rodada da primeira fase da Série C de 2011, quando os dois times - então ameaçados de rebaixamento - se enfrentariam no Rio Grande do Sul. Então lanterna do Grupo D, o time paulista precisava vencer fora de casa para evitar o rebaixamento para a Série D.
Antes do jogo, porém, o STJD julgou procedente a denúncia contra a escalação irregular do lateral direito Cláudio na primeira rodada, justamente na vitória por 3 a 2 do Brasil-RS contra o Santo André no ABC Paulista - o atleta havia sido expulso na última rodada da Série C de 2010, quando defendia o Boa-MG. Com isso, o time rubro-negro perdeu seis pontos antes do jogo e foi mandado para a quarta divisão nacional. Em campo, os dois times ficaram no 1 a 1, resultado que rebaixaria os paulistas.
No entanto, em 9 de maio de 2012, o Brasil de Pelotas anunciou que havia conseguido na justiça o direito de permanecer na Série C "com todos os direitos advindos da mesma, sob pena de pesada multa diária em caso de descumprimento". Oito dias depois, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) apresentou uma liminar favorável aos pelotenses, considerando ilegal a punição referente a 2011.
No dia seguinte, 18 de maio, a CBF acatou a decisão judicial, incluiu o Brasil de Pelotas na Série C e rebaixou o Santo André para a Série D. Porém, em 22 de maio, o Santo André "impetrou um mandado de garantia no STJD da CBF, com pedido de liminar para que seja suspensa a Série C do Campeonato Brasileiro, até que se julgue o mérito do Brasil de Pelotas contra a CBF". A decisão saiu nesta quarta-feira, 23.

O PERIGO É O FUTURO


E mais uma vez os clubes Brasileiros e seus dirigentes abusão dos Clubes e suas marcas, 

fazendo uma administração perigosa para o futuro dos clubes 




Cariocas puxam a fila, e dívida dos clubes brasileiros sobe


 19% em 2011



Estudo aponta que gestões estão vivendo de empréstimos e adiantamentos de cotas de TV. Santos é o único no top 20 a diminuir sua dívida

Por Mariana KneippRio de Janeiro
2 comentários
Imagine uma pessoa que não sai do cheque especial. Apesar disso, continua comprando, sem parar, produtos que não garantem retorno financeiro. As contas vão se acumulando, e ela decide pedir um empréstimo. Um, não: dois, três, quatro. Quando percebe, a situação virou uma bola de neve. Os juros bancários ficaram altíssimos, as compras não renderam lucro, e ela ainda é cobrada para investir mais. Agora, transfira esse cenário para o futebol. Assim vivem os 20 maiores clubes do Brasil (Atlético-PR e Bahia ainda não liberaram seus balanços anuais), com uma dívida que já chega a R$ 3,86 bilhões.
O número foi apresentado pela empresa de auditoria e consultoria BDO, que fez um levantamento das finanças dos clubes brasileiros entre 2010 e 2011 com base nos balanços divulgados. Apenas neste período, houve um aumento de 19% (R$ 628,4 milhões) no endividamento das instituições. Vale lembrar que o valor usa como referência a dívida líquida, ou seja, o valor do passivo total (quanto o clube deve) menos o ativo (quanto recebe), excluindo o que está imobilizado e intangível, contas bloqueadas.
Info_Divida (Foto: Infoesporte)
- Os clubes estão contraindo dívidas para pagar salários. Não estão investindo em marketing, estádios, relacionamentos com torcedor. Estão pegando valores a juros altíssimos para financiar a atividade fim, sem projeção de retorno futuro. É como se fosse aquela quantia a mais que temos no cheque especial. Aquele dinheiro não é nosso, não está ali para ser usado com gastos mensais. Seria apenas para emergências ou investimentos que se pagariam em breve - explicou o consultor da BDO, Amir Somoggi.
O Santos é o único entre os 20 clubes da lista com diminuição da dívida, ainda que pequena: passou de R$ 211 milhões para R$ 207 milhões (2% a menos). O top 5 é ocupado pelos mesmos cinco times do ano passado, apenas com mudanças nas posições. O Fluminense ultrapassou o Vasco e está em segundo. E o Atlético-MG assumiu a quarta colocação, que era do Flamengo. O líder continua sendo o Botafogo, agora com uma dívida de R$ 563,9 milhões, valor 49% maior do que em 2010. O presidente Mauricio Assumpção explica o que aconteceu:
- O que fizemos foi uma correção monetária da dívida, coisa que muitos clubes não fizeram. Por isso há esse número astronômico. Mas, quando outros forem corrigir, o número também não será bonito - afirmou Assumpção, argumentando que aproximadamente 13% da dívida atual (ou R$ 50 milhões) são de sua gestão e que, em quatro anos, pagou R$ 40 milhões para tentar diminuir o montante.
Os presidentes dos clubes não estão preocupados com a conta que vai vir daqui a dois, três anos. Não serão eles que vão pagar"
Amir Somoggi
Assim como no Botafogo, a dívida do Flamengo também é recheada de ações trabalhistas, como as que estão sendo movidas pelo atacante Deivid, que cobra R$ 6 milhões em direitos de imagem, e por Ronaldinho Gaúcho, com R$ 5 milhões em salários atrasados, valor que, segundo a presidente Patricia Amorim, é de R$ 2,25 milhões. Fora isso, o clube pagou R$ 53,7 milhões em empréstimos bancários, sendo que R$ 32,6 milhões só em juros.
Recorrer a uma instituição financeira é um procedimento comum à maioria dos clubes brasileiros que buscam uma solução a curto prazo para sobreviver financeiramente e manter um time competitivo. Adiantamento de cotas de TV é um outro recurso. Dois movimentos arriscados, na opinião de Amir Somoggi.
- Os presidentes dos clubes não estão preocupados com a conta que virá daqui a dois ou três anos. Não serão eles que vão pagar, pois haverá uma eleição, e um novo gestor estará no comando. Então, fica complicado. A única solução para isso seria aprovar uma cláusula no estatuto proibindo de usar recursos dos anos posteriores. Isso, porém, geraria um congelamento de investimentos. Ou seja, o presidente teria que vir à imprensa e avisar o torcedor que não vai contratar nenhum jogador ao elenco, porque está em contenção de despesas, o que levaria embora também os patrocinadores. Imagina o impacto negativo que isso iria gerar - lembrou o consultor.
Timemania não é a única explicação, diz especialista
Dívidas com a Timemania
BotafogoR$ 198,1 milhões
FlamengoR$ 162 milhões
Atlético-MGR$ 139,3 milhões
FluminenseR$ 137,6 milhões
InternacionalR$ 122,6 milhões
SantosR$ 94,2 milhões
GrêmioR$ 87,7 milhões
VascoR$ 72,9 milhões
São PauloR$ 53,2 milhões
CorinthiansR$ 52,4 milhões
PalmeirasR$ 39,6 milhões
PortuguesaR$ 38,6 milhões
CoritibaR$ 21 milhões
CruzeiroR$ 15,1 milhões
Ponte PretaR$ 12,8 milhões
FigueirenseR$ 8,8 milhões
GoiásR$ 8,2 milhões
VitóriaR$ 7,7 milhões
* Bahia e Atlético-PR ainda não divulgaram o balanço de 2011
                                         Fonte: BDO
Embora os empréstimos e as altas folhas de pagamento sejam fundamentais para explicar o aumento das dívidas, um fator vem sendo apontado pelos presidentes dos clubes como principal. A Timemania, regulamentada em 2007, é uma loteria que destina 22% de sua arrecadação para ajudar os clubes de futebol a pagarem o que devem ao Governo Federal, como imposto de renda, INSS e fundo de garantia. No entanto, o recurso não deu o retorno desejado, e as administrações voltaram a pegar do próprio bolso para chegarem à quantia necessária das prestações das dívidas.
Como nem todas conseguiram saldo para fazer esse pagamento, tornaram-se inadimplentes, condição que proíbe o recebimento de verba pública, como a Lei de Incentivo ao Esporte. A bola de neve não parou de crescer.
O consultor Amir Somoggi, no entanto, discorda que a Timemania seja o principal foco a ser combatido.
- Nos últimos três anos, 82% do crescimento do endividamento dos clubes não vieram da Timemania. Corinthians e Flamengo, por exemplo, pagaram aproximadamente R$ 2,8 milhões por mês só de juros bancários relativos a empréstimos em 2011. O São Paulo trouxe o Luis Fabiano com um valor muito elevado, esperando que ele conquiste títulos, venda camisas e pague o que custou. E se não render dessa forma? Já vimos muitos casos assim - explicou Somoggi.
Mesmo o São Paulo não tendo a maior dívida do país (é a 11ª), o aumento dos débitos em pouco tempo chamou a atenção do consultor. Em cinco anos, o Tricolor cresceu seu endividamento em 207%, chegando a R$ 158,4 milhões. Desse número, 68% foram apenas entre 2010 e 2011, o maior avanço entre os paulistas. Somoggi acredita que o São Paulo tenha mudado sua trajetória ao não conseguir depender apenas de seus próprios recursos, tendo de pedir empréstimos a instituições financeiras.
- Em 2007, o São Paulo gastou R$ 5,9 milhões com juros bancários. Já em 2011 esse número saltou para R$ 18,9 milhões. Pegaram empréstimos para alavancar a atividade do clube. Foi tudo muito rápido, e agora ele não depende mais de suas próprias pernas.
Segundo o diretor financeiro do São Paulo, Osvaldo Vieira de Abreu, porém, a culpa não pode ser direcionada apenas à contratação de Luis Fabiano, que atuou no Sevilla-ESP por cinco anos e custou 5,6 milhões de euros (cerca de R$ 14,5 milhões) aos cofres são-paulinos.
- Fizemos um acordo com o Sevilla, e estamos pagando o valor a prazo, semestralmente. Mas com o dinheiro do clube. Não pegamos empréstimos para pagar pelo Luis Fabiano. A dívida maior que tivemos no último ano foi com investimentos na infraestrutura do CT de Cotia, basicamente. Fora isso, a diferença vem de estruturação do futebol profissional, com aquisição de jogadores, sim, mas garanto que é uma pequena parte do montante - afirmou o diretor financeiro tricolor.
Caminho: gestão equilibrada do futebol e renegociação com credores
Em meio a um cenário pessimista, Amir Somoggi mostra que existe um caminho para tentar amenizar o aumento constante das dívidas dos clubes.
- O endividamento vem de uma história de má administração. Uma das questões a serem discutidas é uma gestão mais equilibrada do futebol. O que acontece agora é que se gasta igual ao que se fatura com o departamento. Então, o ideal seria buscar esse equilíbrio e tentar renegociar com os credores, o que parece que os clubes estão tentando fazer.
Outra opção é o investimento no marketing, como fez o Internacional, que mostrou um aumento de 33% da dívida entre 2010 e 2011, proveniente, segundo o diretor de finanças Milton Stella, do reconhecimento de passivos desconsiderados em balanços anteriores. A fatia referente a patrocínios e publicidades, que representava 8% da receita em 2010, cresceu para 15% no ano seguinte.
- No ano passado, o clube foi bastante agressivo nas negociações destes contratos e fez a revisão de algumas estratégias que resultaram em grande crescimento de receita para a área. Sem dúvida nenhuma, contribuem para a redução da necessidade de endividamento do clube, embora a solução seja mais complexa e dependa de ações como a própria revisão dos seus índices de correção - afirmou Stella.